O cantor Zeca Pagodinho contou que está maneirando nas tulipas de cerveja devido à diabete. Será que faz sentido?
A resposta é: depende de cada caso.
Para quem está com bom controle dos níveis de açúcar no sangue, a Associação Americana de Diabete recomenda moderação. Significa que homens podem tomar dois drinques diários e mulheres, um.
Mas o que é um drinque? Ele equivale a uma lata de cerveja, 150 mililitros de vinho ou 45 mililitros de uísque.
Vale destacar que o exagero do álcool pode ser danoso para pessoas com diabete. Para ter ideia, há risco de altos e baixos nos índices de glicose no sangue, alteração da pressão arterial, elevação do triglicérides, danos hepáticos, obesidade e até mesmo doenças dos nervos.
O álcool pode bloquear a produção de glicose pelo fígado e gerar a hipoglicemia (ou seja, a queda exagerada da glicose no sangue).
O problema é que sintomas de hipoglicemia podem ser confundidos facilmente com embriaguez. Afinal, falamos de tremores, suor frio, fome excessiva, visão turva, sonolência, perda da consciência e até coma e convulsões.
Por isso, pessoas com diabete devem sempre ter à mão um cartão de identificação apontando que tem essa condição, além de um sachê de açúcar líquido no bolso.
Para driblar a hipoglicemia, muitas pessoas com diabete ingerem alimentos juntamente com o álcool. Precisa ter cuidado para não cair na pegadinha de comer coisas nada saudáveis que usualmente acompanham a cerveja com os amigos, como frituras, itens ultra processados, etc.
Agora, indivíduos com graus avançados de gordura e fibrose no fígado, triglicérides elevados e pressão descontrolada não devem ingerir álcool.
E lembre-se: a chave é a moderação, e ter sempre uma boa parceria médico-paciente para discutir sobre o consumo de álcool em cada caso.